A primeira apresentação foi do professor Dr. Murilo Romero da USP-São Carlos. Romero apresentou os novos resultados sobre as tecnologias WDM-PON e Fotônica de Microodas. Essas tecnologias são de fundamental importância para o crescimento das redes ópticas FTTH, que viabilizam a chegada de fibras ópticas aos lares brasileiro e, com isso, permitem uma internet com velocidade de mais de 100 Mb/s.
O mercado de fibras ópticas foi abordado pelo engenheiro Carlos Bilharinho, da empresa multinacional Prysmian-Draka, que atua no setor de fabricação de fibras ópticas. Na palestra, o engenheiro apresentou uma visão de mercado de comunicações ópticas e mostrou a tecnologia de fabricação de fibras e cabos ópticos utilizados em redes de comunicação de praticamente todas as operadoras de telecomunicações do Brasil. A empresa Prysmian-Draka é parceira do Inatel e já fez diversas doações de fibras para o laboratório WOCA (Wireless and Optical Convergent Access) do Inatel.
Os avanços na área de comunicações ópticas foi o tema da explanação do Dr. Júlio Oliveira, gerente de Divisões de Sistemas Ópticos do CPqD. Dentre os importantes resultados obtidos no setor, Oliveira ressaltou o recorde de transmissão de dados à velocidade de 17 Tb/s em uma única fibra óptica. Com essa velocidade é possível fazer o download de 4250 DVDs de filmes em apenas um segundo.
Laboratório WOCA
O seminário marcou também o início das atividades do laboratório WOCA (Wireless and Optical Convergent Access). O espaço, financiado pelo CNPq, MCTI, FAPEMIG além de outras 19 instituições nacionais e internacionais conta atualmente com cerca de 600 mil reais de investimentos para três anos de pesquisa. Nove alunos do mestrado do Inatel e três estudantes de Iniciação Científica participam das pesquisas no WOCA.
O WOCA é o primeiro laboratório de Fotônica de Microondas do Brasil. Ou seja, por meio de 10 linhas de pesquisa, o espaço tem como principal objetivo a pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias para conversão de sistemas de transmissão óptica e sem fio, que poderão ser utilizados na implantação da tecnologia de quarta geração de telefonia celular no Brasil.
Um dos coordenadores do laboratório WOCA professor Arismar Cerqueira Sodré Junior explica que quando sinais de transmissão de dados passam da fibra óptica para sistemas elétricos, a velocidade de transmissão reduz drasticamente, portanto, o principal objetivo do laboratório é desenvolver tecnologias que possibilitem que a fibra óptica chegue até as antenas com os sinais de informação e controle. "Propomos que a fibra chegue até a antena e propague o sinal a partir dela, por meio da tecnologia Rádio sobre Fibra. Além disso, estamos desenvolvendo antenas inteligentes controladas opticamente, as quais serão de fundamental importância para a convergência dos sistemas e aumento de desempenho", explica.