Na sexta-feira, dia 30 de novembro, o Inatel reuniu agentes de instituições de ensino do sul de Minas Gerais, representantes do governo estadual e do governo federal, além de estudantes e a comunidade de Santa Rita do Sapucaí no Seminário "Educação e Inovação Tecnologia a serviço do desenvolvimento do país".
A abertura solene foi realizada pelo secretário de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Narcio Rodrigues, que sugeriu que outros municípios investissem também em desenvolvimento tecnológico como Santa Rita do Sapucaí. "É muito inspirador para nós que atuamos na área de ciência e tecnologia vir a Santa Rita do Sapucaí. Precisamos levar este exemplo para outras regiões do Estado. Minas precisa diversificar sua economia, buscando alternativas que não se limitem apenas ao extrativismo. Temos que aproveitar a vocação inovadora e criativa do povo mineiro para desenvolver novas plataformas de conhecimento," afirmou o secretário.
O diretor do Inatel, professor Marcelo de Oliveira Marques, destacou a importância da união das instituições "coirmãs" da região, com o setor produtivo e as esferas governamentais e reafirmou o compromisso institucional do Inatel, "em fazer que suas atividades se voltem tanto para o progresso da ciência como para o desenvolvimento da região, do Estado e do país".
O subsecretário de Indústria, Comércio e Serviços de Minas Gerais, Marcos Antônio Rodrigues da Cunha, fez uma conferência que instigou os participantes do seminário. Além de apresentar números de inovação no Brasil e em Minas Gerais, o subsecretário afirmou que as empresas têm inovado, mas ainda está longe do ideal. "Nossas empresas estão correndo atrás, mas lançam produtos ou processos que são inovações para elas, as empresas, e não para o mercado".
Antônio Rodrigues da Cunha salientou o exemplo de Santa Rita do Sapucaí e de Minas Gerais, que investem mais em inovação que a média nacional. "É preciso estimular os investimentos em inovação, aproximar as instituições de pesquisa das empresas para criar produtos e processo inéditos, de valor agregado".
Painel de políticas governamentais
Também se apresentaram no Seminário o coordenador geral de Tecnologia da Informação do Ministério da Ciência e Tecnologia, Adalberto Afonso Barbosa, o pesquisador da Embrapa Informática e Agropecuária, Marcos César Visoli, representando o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, e o diretor de Planejamento, Gestão e Finanças da Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado de Minas Gerais – Fapemig, Paulo Kleber Duarte Pereira. Mediados pelo presidente da Finatel, professor José Geraldo de Souza, os convidados abordaram a aplicação da tecnologia e da inovação nas áreas de informação e comunicação, saúde e agronegócio e os incentivos dos governos existentes para esta área.
O presidente da Finatel e organizador do Seminário, professor José Geraldo de Souza, acredita que a conferência do subsecretário Marco Antônio Rodrigues e o painel de políticas governamentais estimularam bastante os debates da parte da tarde do Seminário, o que culminou com o alcance total dos objetivos planejados para o eventoPainel de debates: instituições de ensino e indústria
Painel de debates: instituições de ensino e indústria
No período da tarde, foi realizado o painel com os representantes das instituições de ensino e do setor produtivo, com mediação do sociólogo e professor do Inatel, Elias Kallás. O produtivo debate contou com a participação do vice-diretor do Inatel, professor Carlos Nazareth Motta Marins, o reitor da Univas, professor Felix Ocariz Bazanno, o diretor de empreendedorismo da Unifei, Fabio Fowler, a vice-reitora da Ufla, Édila Vilela de Rezende, e o vice-presidente da Hitachi Kokusai Linear, o engenheiro José de Souza Lima.
Os representantes das instituições de ensino expuseram as realizações e desafios na área da educação e inovação e o vice-presidente da Hitachi Linear mostrou os resultados práticos que a interação entre indústria e academia pode proporcionar. José de Souza Lima contou que, até o ano 2000, a Linear tinha dificuldade de atingir mercados externos, como os Estados Unidos, e para mudar esta realidade foi preciso aumentar a qualidade dos produtos, investindo em tecnologia e conhecimento. "Fizemos um investimento de mais de R$ 25 milhões em um período de oito, dez anos, em contratação de profissionais, treinamento, capacitação e uma ligação muito forte com o Inatel. Sem o Inatel não teríamos chegado aonde nós chegamos. Por causa do investimento em conhecimento e da aproximação com a academia, nós conseguimos homologar um produto nos Estados Unidos e atuamos da costa leste à costa oeste. São quase mil transmissores espalhados nos Estados Unidos."