Um inatelino na NASA: Ex-aluno Luciano Camilo Alexandre ingressa na equipe de engenheiros da agência

Imagem de artigo de Notícias - Foto 1Sabe aquelas cenas de filmes sobre o espaço, em que os engenheiros conversam com os astronautas e comandam as espaçonaves a partir da sala de controle da NASA? Nosso ex-aluno Luciano Camilo Alexandre está vivenciando essa experiência na realidade. Em janeiro deste ano, ele foi contratado como engenheiro de Telecomunicações para atuar no Jet Propulsion Laboratory (JPL), braço de engenharia da NASA responsável pelas missões robóticas e espaciais ao redor da Terra e para outros planetas. O JPL é um centro da NASA gerenciado pelo Instituto de Tecnologia da Califórnia (CalTech).

Luciano está atuando no grupo de Engenharia de Espectro e seu trabalho é realizar análise de interferência entre serviços terrestres ou espaciais e os sistemas de radiocomunicações utilizados pela NASA, mais especificamente na Rede Espaço Profundo, a Deep Space Network (DSN). “Meu trabalho é analisar toda e qualquer possível fonte de interferência ou possível sistema em trâmite nas frequências utilizadas pela NASA e também auxiliar na alocação de frequência, padrões de comunicações que podem ser utilizados para futuras missões para a Lua, Marte e outros planetas”, explica.

A experiência adquirida na área de Engenharia de Espectro tanto durante as pesquisas desenvolvidas no Mestrado e Doutorado, cursados no Inatel junto ao laboratório WOCA (Wireless and Optical Convergent Access) coordenado pelo Prof. Dr. Arismar Cerqueira Sodré Junior, quanto durante o período em que trabalhou na área, contribuíram para que ele fosse selecionado.
Além, é claro, do fato dele ter sido membro da delegação brasileira na União Internacional de Telecomunicações (International Telecomunication Union – ITU) - agência da ONU especializada em tecnologias de informação e comunicação - e membro do Comitê Consultivo Permanente II da Comissão Interamericana de Telecomunicações (CITEL), entidade da Organização dos Estados Americanos (OAS), representando o Brasil internacionalmente em reuniões e discussões técnicas sobre assuntos de radiocomunicações.

O ex-aluno, natural da cidade de Ipameri no estado de Goiás, que também fez graduação e pós-graduação no Inatel, diz estar vivendo um momento de realização profissional. “Sempre quis trabalhar com Telecomunicações e poder estar hoje aqui em um dos centros mais renomados do mundo em relação a Engenharia, trabalhando com o que tem de mais avançado na área, é uma honra muito grande. É um momento de agradecer meus pais, pelo investimento e atenção que deram à área da educação que proporcionaram todas essas oportunidades. Então, poder chegar até aqui é um sonho realizado”, ressalta.

 

Além da satisfação pessoal, Luciano destaca a importância das atividades que está desenvolvendo na agência. “No trabalho que é feito pela NASA, as Telecomunicações são fundamentais para o benefício da humanidade. Sem ela não é possível receber nenhum dado de experimento científico, sensoriamento remoto, comandar uma espaçonave em órbita de Marte ou alguma missão na Lua, por exemplo. Hoje há diversas missões ao redor do planeta Terra, como também, para Marte, Jupiter, para o Sol e até mesmo fora do sistema solar, e as antenas que recebem as comunicações e que comandam essas atuações são controladas daqui. O Centro de Missões e Controle funciona desde 1964, 24 horas por dia, e todas as comunicações de todas as agências espaciais passam por aqui. Então, é vital que possamos garantir condições técnicas e regulatórias adequadas para proteger os sistemas de comunicações contra interferências prejudiciais”.

O egresso conta ainda que apesar do processo para ingressar na NASA ter sido extremamente rigoroso, é algo que os alunos do Inatel podem almejar. “O que o Inatel me forneceu de conhecimento, de bagagem, de formação para que eu pudesse desenvolver minhas habilidades profissionais foi de grande importância. Tem que existir uma razão, necessidade ou um diferencial significativo para que optem por escolher você em vez de um engenheiro americano. Além disso, existem diversas instituições de ensino renomadas nos Estados Unidos como o CalTech, MIT, UCLA e você precisa superar estes concorrentes. Durante o processo é necessário comprovar que o Inatel possui uma formação comparável a de uma universidade americana e essa conquista garante que a formação obtida no Instituto é válida nos Estados Unidos. Existem renomadas faculdades no país e o Inatel, sem dúvidas, é uma delas, então nós, ex-alunos, podemos sonhar alto”, enfatiza Luciano. 

Veja a animação da futura missão da NASA para Marte chamada "Mars Sample Return (MSR)":