2º Episódio - Um passado forte para sustentar grandes planos para o futuro

Time Inatel e Ericsson no projeto de desenvolvimento de softwareO tempo só enobreceu essas duas instituições, em seus objetivos, na qualidade de seus serviços e na relação com a sociedade

No primeiro episódio dessa história, o tempo voltou 50 anos atrás, quando Inatel e Ericsson se encontraram para iniciar uma parceria que resiste às mudanças, às crises e que cresce a cada salto de evolução tecnológica. São inúmeros os engenheiros formados no Instituto que fizeram carreira na multinacional e ainda mais casos de sucesso construídos em conjunto, em cinco décadas de muito trabalho e seriedade.

Contada uma pequena parte dessa extensa narrativa, é chegada a hora de falar do presente e do futuro. Como essa parceria construída por muitas mãos e mantida por incríveis mentes se destaca hoje, em uma realidade que se altera em velocidade surpreendente e com uma concorrência acirrada.

Janir e a esposa Ângela, viveram o primeiro ano de casamento na Suécia.Resultados maiores que a soma

Time Inatel e Ericsson no projeto de desenvolvimento de software.

Hoje, em Pesquisa e Desenvolvimento junto com a Ericsson, o Inatel conta com aproximadamente 120 talentos, mas estes números não traduzem o alcance dos resultados alcançados pelas duas parceiras.



Segundo o Gerente de Desenvolvimento de Software da Ericsson, Luciano Araújo, “a empresa vê como essencial ter parceiros que possam agregar valor através de sua competência e, pensando no Inatel, sabemos que a universidade é o celeiro do conhecimento e o que a Ericsson faz é usar o que é gerado na academia para aplicar em suas soluções, nos produtos, nos serviços que desenvolve, no sentido de garantir a liderança tecnológica, a vanguarda e a capacidade de inovar sempre, porque sabemos que a inovação é o motor que move a economia e, para a Ericsson, no setor de telecomunicações, isso é ainda mais fundamental” reforça o ex-aluno do Instituto e um dos exemplos de destaque na parceira europeia.

Da esquerda para direita, Carlos Augusto Rocha, Daniel Rosa, Edvaldo Santos, Carlos Nazareth, Dirceu Silva, Luciano Araújo e Leonardo Liao. 

O Primeiro Prêmio Ericsson

Janir e a esposa Ângela, viveram o primeiro ano de casamento na Suécia.

O aluno ganhador do primeiro Prêmio Ericsson, Janir Aloísio dos Santos, é um desses exemplos inspiradores, ele relembra com alegria os passos naturais por onde a vida o encaminhou.



"Eu estava inscrito para a prova do ITA, até que o Inatel e a Escola Técnica de Eletrônica (ETE), onde cursava o segundo grau, iniciaram um convênio em que as 10 melhores notas ganhariam bolsas para estudar no Instituto, essa foi a primeira escolha feliz que a vida fez por mim. E me lembro que no segundo semestre de 1969 surgiu o Prêmio Ericsson, eu tinha consciência que poderia estar entre os selecionados, isso gerou grande ansiedade e quando a notícia do prêmio chegou, é evidente que mudou minha vida. Foi mais uma escolha feita pela vida, pois passei 31 anos na Ericsson".



Janir ainda se emociona ao recordar de dois fatos marcantes. "Em meados de 1990, eu recebi um telefonema da secretária do Inatel dizendo que eu tinha sido escolhido pela turma para ser o paraninfo, o discurso que fiz emocionou a todos e nasceu de muita emoção, em questão de segundos, ainda durante o convite feito por telefone".



Outro episódio citado com frequência nos relatos dessa história teve a participação decisiva de Janir, pois o ex-aluno foi o responsável pela inclusão do financiamento integral do mestrado do Inatel na companhia de telecomunicações, segundo a Lei de Informática, que se iniciava naquela época. “Foi uma grande prova da confiança entre as instituições e, como conclusão, o projeto foi aprovado. Profissionalmente, foi uma das melhores coisas que fiz na vida, tenho muito orgulho de ser parte desse fato” rememora o grande feito, que deu abertura para introdução do doutorado, em 2019.

Hélices do desenvolvimento: Escola e Empresa

Da esquerda para direita, Carlos Augusto Rocha, Daniel Rosa,
Edvaldo Santos, Carlos Nazareth, Dirceu Silva, Luciano Araújo e Leonardo Liao.

Em Santa Rita do Sapucaí, o conceito de tríplice hélice funciona como exemplo para o país. Governo, escolas como o Instituto e empresas trabalham pelo desenvolvimento da sociedade e esse é um investimento em que a Ericsson acredita, como comenta seu presidente para o Cone Sul da América Latina, Eduardo Ricotta. "Para nossa empresa é muito importante ter essa ligação entre indústria e universidade, precisamos melhorar esse aspecto no Brasil e os dois parceiros, Inatel e Ericsson, são muito felizes com essa união".

Juntas, escola e empresa criam um ciclo para o desenvolvimento: oferta de mão-de-obra altamente qualificada para o mercado por parte do Inatel, contratação desses profissionais por parte da indústria e uma parceria com investimentos e resultados que fazem a diferença para ambos.

E a relevância de uma formação de qualidade para os profissionais que ingressam na indústria é comprovada na prática, como relata o Gerente de Desenvolvimento de Software da Ericsson, Daniel Rosa. "A Ericsson trabalha com o Inatel aqui no Brasil, e a equipe do Instituto atua com outros grupos de diferentes locais da empresa no mundo. Por isso, é importante o profissional ter a capacidade de aprender novas tecnologias, novas ferramentas, de inovar e de conviver em grupo para trabalhar em nossa equipe".

Daniel também foi personagem em outro acontecimento dessa história, que deu início à parceria de serviços em vigor até os dias de hoje.

Outro causo desse tal de Inatel...

No ano de 2015, um novo desafio foi apresentado à instituição, como conta Carlos Augusto Rocha, Pró-Diretor de Desenvolvimento de Tecnologias e Inovação do Inatel, dessa vez por Daniel Rosa, que acabava de assumir o projeto de P&D em escala global dentro da empresa sueca.

Nessa ocasião, recebi uma ligação do Canadá, em que o Daniel perguntava se por acaso ele poderia contar com o Inatel no que, para ele, se transformaria em pouco tempo no maior projeto de P&D mundial da companhia. Menos de um mês depois já estávamos com uma pequena célula do que seria o embrião deste grande projeto da Ericsson na instituição. Logo recebemos uma auditoria independente do Canadá que queria conhecer ‘esse tal de Inatel’ que em menos de seis meses, em um projeto com repercussão mundial, começou com um time de seis e já estava com mais de 40 integrantes.

Descreve o Pró-Diretor.

O cenário atual de serviços entre Inatel e Ericsson

"Uma das características do trabalho que realizamos é o desenvolvimento de uma solução global, com isso nosso time está sempre em contato com diversas culturas e isso traz conhecimento e novas experiências para quem está envolvido nos projetos. Já desenvolvemos em parceria com equipes da Suécia, Croácia, Canadá, Chile, EUA, México, e essa diversidade fez com que nosso time fosse se adaptando a trabalhar de forma remota, que é a essência do que realizamos. E, apesar de estarmos em uma cidade de 40 mil habitantes, desenvolvemos soluções para o uso em operações no Brasil e ao redor do mundo. Sendo assim, muitas das soluções que estão em países desenvolvidos da América do Norte, Europa e Ásia foram trabalhadas em uma cidadezinha no interior de Minas Gerais, em colaboração com outros times da Ericsson global", relata Leonardo Liao, Gerente de Desenvolvimento de Software do projeto Inatel e Ericsson.

E sobre esse diferencial de atuar em conjunto com a companhia há 50 anos, o Diretor do Inatel, Carlos Nazareth, completa, "a parceria com a Ericsson é muito importante, primeiro pela relevância da marca no segmento das telecomunicações no Brasil e no Mundo, pela longevidade que mostra a solidez da parceria e pela sinergia que nos permite em sonhar cada vez mais com um futuro de conquistas."

Base forte para um futuro sempre em construção

O presidente da Ericsson ainda comemora: "Nós temos sempre que celebrar essa parceria que já dura 50 anos! Eu sou fruto dessa história de sucesso, pois me formei no Inatel, fui diretamente trabalhar para a Ericsson, tenho orgulho de ser um ex-aluno e, hoje, ser o presidente da empresa".

Sobre o trabalho que, juntas, as duas instituições fazem para o país, Eduardo Ricotta observa, "nossa parceria continua, ela está sendo reforçada com novos projetos, como o Projeto Smart Cities em que estamos com o BNDES. (...) Juntos, vamos ajudar a sociedade em pilares que vem ao encontro das necessidades e demandas do Brasil, temos muitas oportunidades como o Agro Business, que é tão desprovido de cobertura; para as cidades, que precisam melhorar a segurança pública, além de poder oferecer educação para pessoas que nunca tiveram acesso. E esses projetos vão trazer eficiência para os municípios, para atender bem a população e a sociedade."

Be continued... por muitas outras décadas a fora!

Assim, contamos mais uma parte dessa história, na comemoração dos 50 anos de uma relação construída com confiança, transparência e profissionalismo das duas instituições. Ambas se assemelham em aspectos fortes como o comprometimento, ambas têm grandes planos para o país e para o bem da sociedade e, juntas, o tempo confirmará tudo o que podem alcançar.