Cerca de 60 estudantes do Ensino Médio participaram da Competição Telecom Challenge – Desafio Hacker, organizado pelo Inatel, em formato on-line. A competição integrou a ação do Instituto que oferece 10 semanas de conteúdo gratuito relacionado a diferentes áreas da Engenharia. Nos dias 19 e 20 de junho, os estudantes responderam questões sobre redes de computadores e segurança cibernética e pontuava quem respondesse no menor tempo possível. “A competição contribui para esses jovens terem conhecimento da importância de redes de computadores e cyber segurança, tanto para o uso pessoal e profissional, além de como a tecnologia pode ajudar a combater esses crimes e na segurança digital", comenta o professor Marcelo de Oliveira Marques, coordenador do curso de Engenharia de Telecomunicações e do Laboratório de Segurança Cibernética e Internet das Coisas – Cyber Security and Internet of Things, CS&I Lab.
Os quatro primeiros colocados foram os estudantes Maicon de Souza, do Instituto Federal do Sul de Minas, campus Três Corações; João Arantes Silva, do Externato Nossa Senhora de Lourdes, de Campanha, Thiago do Couto, do IFSULDEMINAS de Inconfidentes e Maria Eduarda Pampolin, também do Externato de Campanha.
Mercado em alta
A segurança cibernética é uma das áreas mais em alta no mercado atual. Em janeiro, a profissão de engenheiro de cyber segurança aparecia no topo do ranking do LinkedIn, como uma das mais promissoras para 2020. Essa área ganhou ainda mais evidência durante a pandemia de COVID-19, com a necessidade de distanciamento social e muitas pessoas trabalhando de casa. O Brasil hoje é o segundo país com mais ataques de cybercriminosos, segundo levantamento de uma empresa de segurança em reportagem exibida no Fantástico.
Mas é fato que a pandemia acelerou a transformação digital, com trabalho remoto e aulas on-line. O Brasil tem atualmente em uso 424 milhões de dispositivos digitais - desktop de mesa, notebook, tablet e smartphones. São quase dois dispositivos por pessoa. E muitos deles não têm ferramentas de segurança adequadas, o que deixa o ambiente virtual mais vulnerável.
Por isso algumas dicas são importantes para os usuários, como evitar acessar sites desconhecidos e clicar em links suspeitos; usar senhas fortes e alterá-las de tempos em tempo; e ativar as configurações de segurança dos dispositivos.
As empresas também devem prover a segurança das informações, com as ferramentas adequadas para monitorar os ambientes virtuais. “Para muitas pessoas esse período é a primeira experiência de trabalho remoto e elas podem não estar cientes sobre os riscos do uso inadequado da Rede. Muitas empresas também não estavam preparadas para essa transição do escritório físico para o mundo virtual. Por isso, existe a necessidade de um planejamento criterioso e direcionado à cyber segurança, realizado por profissionais que auxiliem nesse processo, avaliando o melhor custo/benefício para atender às necessidades da empresa e dos colaboradores no que diz respeito à garantia da privacidade e da confidencialidade das informações”, afirma o Especialista em Cyber Segurança do Inatel, Francisco de Assis Silva do Carmo.
Sobre o CS&I Lab
Em 2019, o Inatel criou o Laboratório de Segurança Cibernética e Internet das Coisas – Cyber Security and Internet of Things, CS&I Lab. O Laboratório tem como objetivo fortalecer a formação dos futuros engenheiros na área de Telecomunicações e Tecnologia da Informação por meio de atividades de iniciação científica, do desenvolvimento tecnológico e do ensino nas áreas de CyberSecurity e Internet of Things - IoT. Atualmente conta com 4 Docentes e 2 Especialistas que atuam como orientadores para alunos de graduação de todos os cursos do Inatel na execução de projetos de Iniciação Científica e Iniciação Tecnológica.