Vestibular: o primeiro de muitos desafios enfrentados por jovens e suas famílias

A escolha do curso superior é apenas uma das diversas pressões que o adolescente encara ao se inscrever para o vestibular

Jovens prestam vestibular para ingressar nos cursos de engenharia do Inatel

A entrada no ensino superior costuma ser uma etapa difícil para os jovens e suas famílias, afinal a escolha do curso está ligada à definição da profissão. A essa preocupação soma-se a angústia do distanciamento entre o adolescente e seus pais e a incerteza do futuro após a faculdade.

Inatel DesafiosVestibularVI 05Jun19Esses são problemas comuns enfrentados pela maioria dos jovens em idade de prestar vestibular e, muitas vezes, a decisão pelo curso é direcionada pelo mercado de trabalho, as possibilidades na carreira e também o salário. Vestibulandos e seus familiares são influenciados pelas profissões em alta e, na busca por uma opção mais segura e estável, os estudantes podem deixar de considerar suas próprias habilidades e desejos pessoais de realização profissional.

Esse são motivos que esclarecem o número de desistência de cursos, apontado pelo último Censo da Educação Superior, em que chega a 49% de abandono do curso para o qual os alunos foram admitidos. Para evitar a interrupção da faculdade, um dos fatores que jovens e responsáveis podem levar em conta são as aptidões, além de avaliar que a escolha do curso é apenas um passo para construção de uma carreira.

Um engenheiro, por exemplo, pode trilhar diversos caminhos a partir de seus conhecimentos técnicos, como empreender em um negócio próprio, atuar em setores comerciais ou de gestão, com desenvolvimento de produtos, pesquisa, como docente entre muitas outras opções com um único curso superior.

Segundo a psicóloga, Ludimila Rocha Silveira, do Núcleo de Orientação Educacional do Inatel, existem sites e profissionais especializados em orientação vocacional, mas o suporte familiar é a ferramenta mais valiosa. “Para os pais apoiarem seus filhos no momento do vestibular, é importante que a busca parta do adolescente, para que ele próprio tome as decisões, sempre com a família abrindo possibilidades e não fechando”.

Ludimila lembra ainda que ajudar um filho a escolher uma profissão é, muito antes, entender que tipos de habilidades ele possui, mas também oferecer o consolo familiar durante toda duração do curso, não o pressionando ainda mais. Afinal, trata-se de um sistema de ensino completamente novo, colegas e ambiente diferentes, notas para alcançar, muitas vezes há a mudança de cidade e o desafio de morar sozinho ou em república.

A aluna do quarto período de Engenharia de Telecomunicações, Monalisa Reolon de Souza, veio do estado do Amazonas só para estudar no Instituto e conta um pouco sobre a experiência da escolha e da mudança. “A área de exatas sempre me agradou, sabia que queria fazer engenharia, mas não tinha me decidido. Tinha dúvidas e medo quando acabei optando por não fazer curso superior nenhum, então um amigo do meu pai comentou sobre o Inatel e me apaixonei. Fiquei somente com a opção dessa faculdade, porém como era muito longe, minha mãe me fez tentar um curso perto de casa. No final, me dispus a ficar longe da família, mesmo sabendo que iria morrer de saudade. Foi muito pesado no primeiro mês com a fase de adaptação. Tive dificuldade em me acostumar com o clima e a comida, além de procurar uma casa para morar, correr atrás de tudo, comprar móveis, ligar a energia em meu nome, fazer compras e fechar negócio, me senti uma mulher adulta e devo essa experiência à vinda para Santa Rita do Sapucaí. Meus pais sempre me motivam, em todos os meus projetos eles mostram apoio”.

“É normal existir essa angústia do filho sair do ninho, o afastamento é decorrente das novas responsabilidades e da nova rotina assumida pelo jovem. Aos pais cabe perceber que o crescimento causa essa distância, que não se trata de não querer se relacionar com a família. Esse entendimento faz com que o universitário busque o apoio dos pais e sempre os procure. Mas quanto mais julga-se e questiona-se as escolhas que ele faz, maior será a distância, por isso, é preciso entender que o tempo disponível que havia na infância realmente não haverá mais e, assim, aproveitar os momentos juntos da melhor forma” enfatiza a psicóloga do Inatel, que faz o acompanhamento dos estudantes, em relação à dor da separação.

Na contrapartida, a Instituição de Ensino Superior deve acompanhar o bem-estar dos estudantes e auxiliá-los durante a caminhada acadêmica, justamente por haver esse afastamento da família. Na própria faculdade, como no Inatel, há uma apresentação profunda da instituição e de seus cursos para auxiliar no processo de decisão, além de prestar orientação educacional para todos os alunos, atendimento psicológico, conversas e interação para melhor adaptação deste jovem em transição para a vida adulta e todas as exigências e pressões comuns desta nova fase.

Para os vestibulandos que estão passando por essa fase de decisão, o Inatel oferece visitas ao Campus e conversas com a equipe do Vestibular para esclarecimentos sobre os cursos, as carreiras e oportunidades de bolsas.

Saiba mais sobre o Inatel e o processo seletivo:https://www.inatel.br/vestibular/ 

A aluna Monalisa Reolon de Souza, natural do Amazonas, apresentando trabalho no Incitel

A Psicóloga Ludimila Rocha Silveira, presta atendimento aos alunos no Núcleo de Orientação Educacional