Os talentos formados no Inatel se espalham pelo mundo, levam conhecimento e renovação por onde passam e quando se encontram, o fato de terem estudado no Instituto transcende o curso, o ano da formatura ou período em que estudaram, tornam-se todos ex-alunos, que experimentaram situações parecidas de faculdade, moraram um tempo em Santa Rita do Sapucaí e conviveram com os mesmos profissionais lendários de suas formações profissionais.
Um desses encontros históricos ocorreu na Alemanha, por um acaso, durante o lançamento global de um produto da empresa Brainlab, multinacional com 25 unidades instaladas por toda a Europa, Ásia e Américas, que reuniu seus profissionais para o evento. “Calhou de acontecerem diversos eventos globais na mesma época, bastou pensar um pouco para darmos conta de que todos os Inatelinos estariam na matriz naquele curto período, assim sendo, organizamos a foto e voilà!” Relata Matheus Silva, Diretor de Aplicações em Radioterapia da Brainlab.
Eram alunos das Engenharias de Telecomunicações, de Computação e Biomédica, de turmas desde 1995 até 2022, ou seja, quase três décadas de intervalo entre os formandos, mas a mesma sinergia de ex-estudantes do Inatel. “Sou da turma que iniciou em Janeiro de 2001, em Engenharia Elétrica ênfase em Telecom, tive a oportunidade de trabalhar na Brainlab como Gerente de Vendas por 13 anos, dos atuais 16 que estou na empresa, a amizade com o Matheus Silva e Rodrigo Morais data de 2001 e trabalhamos juntos desde 2008. Nós três fazíamos parte do selecionado grupo do saudoso Prof. Rocha para a equipe de Futsal do Inatel” recorda Marcel Silva, Gerente Regional.
A multinacional alemã desenvolve tecnologia médica digital, tem sistemas instalados em 127 países e entre os mais de 860 engenheiros contratados constam profissionais de telecomunicações, automação, computação, software e de engenharia biomédica, os engenheiros do Inatel contratados trabalham em países como Estados Unidos, França, Alemanha e, claro, no Brasil. O engenheiro de telecomunicações da turma dezembro de 2005, Eduardo Castilho, mora na cidade de Dijon na França. “Trabalho na Brainlab desde 2018, sou responsável pelo suporte da parte leste da França e reencontrar ex-colegas do Inatel em terras estrangeiras, anos depois de deixarmos as terras tupiniquins, é como uma reunião improvável de personagens de um filme antigo: risadas, histórias e lembranças que ressurgem como se o tempo nunca tivesse passado. Por mais momentos e encontros como esse..." anseia Eduardo.
Não à tôa carinhosamente os ex-alunos se nomeiam como Máfia Inatel, pois mesmo sem se conhecerem, o sobrenome do Instituto no currículo já os aproxima e isso fica claro em histórias como do Gerente de Projetos, Silas Otero. “Uma curiosidade é que o Matheus Silva e o Rodrigo Morais foram as pessoas que me entrevistaram no Brasil, em 2011. Eu vim para Brainlab para a vaga do Matheus quando ele foi transferido para a Alemanha e depois, em 2015, eu fui transferido para os Estados Unidos, foi muito legal conversar com o pessoal de diferentes gerações e manter esse contato é sempre importante” reafirma o engenheiro de computação.
“Eu sou talvez o mais velho da foto, me formei em julho de 1995 e acredito que tenha sido o pioneiro do Inatel na Brainlab. Ter cursado extensão na área de Biomédica me ajudou a entrar empresa, além do fato de ter feito mestrado também no Instituto, em Processamento de Voz, o que me deu conhecimentos importantes em transdução de sinais humanos em elétricos e vice-versa. Isso me abriu as portas em 2005” conta o engenheiro Fabio Nascimento, que atua na divisão de Desenvolvimento e Pesquisas e, desde 2009, reside em Munique, Alemanha.
Sobre o encontro com seus colegas de empresa, todos de origem Inatelina, Fabio conta que sente mais que satisfação, mas sim a sensação de segurança. “As vivências em comum, as experiências de Santa Rita do Sapucaí e do Inatel nos mantêm próximos e conectados, oferecendo suporte uns aos outros e desfrutando das oportunidades de convívio” relata Fabio.
Esse encontro histórico não teria acontecido sem a intervenção de Matheus Silva, ex-aluno de Engenharia de Telecomunicações, desde 2006 na Brainlab. “Minha história começou quando um grande colega me informou sobre a vaga. ‘Aliás, ele também foi aluno do Inatel’. Em 2011, recebi um convite para a matriz, aqui na Alemanha, onde estou desde janeiro de 2012. E minha jornada tem sido como dito nos livros: uma alegria, um grande prazer, grandes desafios e aventura plena. Durante todo meu tempo, estive no departamento de Service & Support, sempre na área de radioterapia e radiocirurgia” enfatiza Matheus, o mediador do encontro.
O engenheiro de telecom da turma de 2006, Rodrigo Morais Cardozo, continua no Brasil na unidade de Higienópolis, São Paulo, SP. Há 17 anos na Brainlab, hoje atua como Gerente de Suporte e o profissional destaca que, “o encontro com colegas do Inatel é uma experiência enriquecedora, onde a diversidade cultural se entrelaça em uma troca de conhecimentos, acompanhada de momentos de descontração e saudosismo universitário” confirma.
O mais novo de Brainlab, Leonardo Ferraz, reafirma como o contato entre ex-alunos possibilita novos horizontes e o intercâmbio realizado durante a faculdade também contribuiu. “Eu não fui da turma de nenhum dos demais e fui o único que fez Engenharia Biomédica, mas assim que voltei de um intercâmbio em 2022, o Coordenador do meu curso, Prof. Fabiano Valias, avisou que um ex-aluno procurava alguém para trabalhar na Alemanha e com experiência internacional, após todo processo de contratação me mudei para Düsseldorf, em junho de 2023. A relação com todos do grupo é muito boa, não só pelo fato de sermos brasileiros, mas por termos estudado na mesma faculdade, escutar como era na época deles e poder contar como foi na minha é muito interessante e, querendo ou não, o vínculo fica ainda mais forte por termos vindo da mesma instituição.
Marcel Silva detalha um pouco mais o breve momento dos Inatelinos na Alemanha, que rendeu poucas, mas ótimas fotos para relembrar. “Eu fui para acompanhar alguns clientes, já o Matheus, Heleno, Fábio e Leonardo moram em Munique, enquanto o Eduardo veio da França. Tiramos poucas fotos, pois o intervalo em que coincidiu de todos livres foi curto, mas a amizade e o carinho são como nos tempos do Inatel. Obviamente relembramos algumas histórias e ‘causos’ acontecidos em nossa Santa Rita do Sapucaí” lembra saudoso, o ex-aluno.
