Há 21 anos, o Projeto cas@viva foi criado para levar a qualidade educacional do Inatel até o público do ensino fundamental e médio, com foco na inclusão por meio da alfabetização tecnológica. Essa contrapartida social do Instituto para Santa Rita do Sapucaí e região apresentou o letramento digital básico como opção para inserir alunos da rede pública no mercado de trabalho tecnológico. A iniciativa teve uma resposta imediata da juventude local, com passagem, desde o início do projeto, de 1500 educadores voluntários e mais de 3 mil alunos.
No ano de 2023, o cas@viva recebeu 120 alunos da comunidade, que se formaram com mérito em dezembro, após um ano de convivência com robótica, programação Phyton, empreendedorismo, informática básica, aulas de inglês, elétrica, eletrônica e desenvolvimento de soft skills. Além dos menores, o projeto também trabalha com a alfabetização tecnológica para adultos, o que expande as possibilidades profissionais para os envolvidos.
Para a orientadora pedagógica, Renata Aparecida Villela, o ponto marcante de 2023 foi o dinamismo, a interação e inovação nas propostas de trabalhos. “Para 2024, estamos com muitas expectativas, com mais projetos interventivos na área de tecnologia, estamos aumentando o número de alunos e a proposta é realizarmos algumas aproximações com as escolas na área de segurança da informação e robótica” confirma a educadora.
Uma das conquistas do projeto é a conexão dos estudantes com as carreiras de tecnologia e os números comprovam que a forte base oferecida no cas@viva têm projetado os participantes para os cursos de engenharia e uma promissora carreira na área. Dos ex-alunos formados, 142 concluíram a graduação no Inatel, 62 são alunos ativos de alguma engenharia do Instituto, enquanto 53 seguem carreira na Instituição.
Segundo Renata Villela, a formação humana do projeto gera benefícios para a comunidade santa-ritense, assim como para os alunos voluntários do Inatel, que desenvolvem fora de sala diversas habilidades que serão usadas por toda a vida. “Com relação aos voluntários, que são alunos da graduação do Inatel, é uma via de mão dupla, onde os inscritos no projeto ganham a informação, o conhecimento e a motivação do aprender e os educadores desenvolvem sua humanidade e espiritualidade contribuindo na formação dos nossos alunos, participando ativamente do processo de transformação social” relata Renata.
Os resultados positivos ainda abrangem as ações do Projeto Lixo Eletrônico, que objetiva a conscientização e o recolhimento de resíduos de equipamentos eletroeletrônicos pela preservação do meio ambiente. Em 2023, foram realizadas coletas em 10 cidades do Sul de Minas, com recolhimento de 41.530 quilos. No entanto, o histórico do projeto de 2008 a 2023, soma mais de 564 toneladas de e-lixo retiradas de situações de risco à natureza.
Para o Inatel estar próximo e atento às demandas sociais do seu entorno trata-se de um compromisso real, afinal a cidade natal da instituição possui um histórico de acolhimento e parceria desde a fundação do Instituto, em apoio ao seu crescimento e manutenção. Nesse sentido, o trabalho realizado com a alfabetização tecnológica envolve o aluno para que ele participe plenamente e absorva o melhor do projeto, para isso todos recebem um calendário anual com as atividades agendadas, uniforme do projeto, lanche diário e todo material didático necessário, aqueles que precisam recebem cartão para transporte (tipo circular) e os alunos da zona rural contam com o transporte municipal.
No final do projeto, os alunos são certificados com o total de horas realizadas durante o ano e porcentagem de aproveitamento individual em uma cerimônia solene com os familiares e a Diretoria do Inatel.
E desde o primeiro contato educacional com a Instituição, os estudantes são incentivados a respeitar a diversidade e igualdade, como uma das etapas humanizadas de preparação para o mercado, um esforço que rendeu ao Inatel a conquista do selo Instituto ELA, em apoio às mulheres em vulnerabilidade social por meio de projetos em escolas, universidades e empresas no Brasil.
Entre as intervenções escolares realizadas consta também o Projeto Segurança da Informação em parceria com a equipe de Cyber Security do Inatel, que ofereceu conscientização para profissionais da educação, pais e familiares dos alunos sobre a importância da segurança da informação no contexto atual. Para 2024, o Projeto cas@viva pretende aumentar o número de escolas visitadas para capacitar professores e familiares sobre práticas seguras no uso da tecnologia.