A Iniciação Científica é, muitas vezes, o primeiro contato de estudantes com a pesquisa acadêmica e o desenvolvimento de projetos. No dia 11 de setembro, cerca de 24 trabalhos vinculados ao Centro de Competência Embrapii Inatel em Redes 5G e 6G – xGMobile foram apresentados durante a segunda edição do Workshop de Iniciação Científica do Centro.
Estudantes de diferentes períodos da graduação do Inatel compartilharam resultados de investigações que já alcançam estágios avançados. O coordenador do centro, professor Luciano Mendes, destacou a relevância do processo: “Eu diria que o futuro da pesquisa do Inatel está justamente naquilo que começa aqui, com a Iniciação Científica. Apesar da impressão de ser um trabalho inicial, os resultados mostram aplicações bastante consistentes, que vão muito além de um estágio embrionário”.
Entre os projetos apresentados está o Goldfever, que propõe o uso de um sistema de Internet das coisas, embarcado em drones, para o monitoramento de áreas de garimpo ilegal em grandes extensões territoriais. Para viabilizar a pesquisa, os estudantes desenvolveram uma base de dados específica, já que não havia bancos de imagens com o nível de detalhamento necessário ao treinamento da inteligência artificial aplicada.
Outros estudos abordam temas relacionados aos casos de uso esperados para as futuras redes 6G, como a detecção de falhas de segurança em ambientes digitais, soluções para cidades inteligentes, transmissão de energia sem fio, metassuperfícies, projetos de antenas, entre diversos outros tópicos.
Entre os trabalhos voltados à acessibilidade, um dos destaques é a pesquisa que utiliza rastreamento ocular para interação com notebooks. O sistema, baseado em inteligência artificial, foi treinado a partir de aproximadamente 2.300 imagens, o que possibilitou aprimorar a acurácia da rede neural.
As iniciativas também contribuem para o desenvolvimento de competências comportamentais. Rafael Amaro, estudante de Engenharia de Telecomunicações, relata que a experiência em Iniciação Científica fortaleceu suas habilidades de comunicação. “Eu consegui evoluir muito tendo participado de um projeto de iniciação científica, por conta de sempre ter gente chegando lá no laboratório e eu ter que explicar meu trabalho para um grupo de pessoas”.
Com soluções que vão da acessibilidade à segurança digital, relacionadas às redes móveis de futuras gerações, os projetos apresentados evidenciam como a pesquisa no Inatel gera inovação com potencial de transformar setores estratégicos e beneficiar a sociedade.