As redes 5G estão transformando a forma como nos conectamos, mas ainda enfrentam desafios importantes. Um dos principais é o alcance limitado dos sinais, que perdem força ao se propagar entre o emissor e o receptor. Uma solução comum para esse problema é o uso de antenas altamente diretivas, capazes de concentrar o sinal em uma direção específica. No entanto, essas antenas costumam ter uma largura de banda muito estreita, o que limita seu uso em aplicações reais.
Pensando nisso, uma pesquisa desenvolvida no Inatel encontrou uma nova forma de resolver essas duas limitações ao mesmo tempo. A dissertação de mestrado do ex-aluno Bruno Ferreira Gomes, orientada pelo professor Jorge Ricardo Mejía Salazar, propôs uma antena inovadora que combina diferentes conceitos avançados de engenharia como Arranjos de antenas, Metassuperfícies, e Cavidades ressonantes. O resultado foi uma antena com excelente desempenho, alta diretividade, alto ganho e banda de operação compatível com aplicações práticas. Além disso, sua arquitetura pode ser escalada para operar em outras faixas de frequência, tornando-se uma solução promissora para diversas aplicações em comunicações sem fio.
A pesquisa foi realizada no contexto do Centro de Competência Embrapii Inatel em Redes 5G e 6G – xGMobile, em colaboração com o professor Ashraf Uz Zaman, da Chalmers University of Technology (Suécia), e publicada no prestigiado periódico IEEE Transactions on Antennas and Propagation, um dos mais importantes da área. Em junho, o artigo esteve entre os mais acessados do periódico, o que destaca o reconhecimento e impacto internacional do trabalho.
“Estar entre os artigos mais acessados mostra que nossa pesquisa tem relevância global, reforçando o impacto dos trabalhos desenvolvidos no xGMobile”, destaca o Prof. Mejía.
Mais do que um resultado acadêmico, a tecnologia desenvolvida inspira novas pesquisas e aplicações reais. Em colaboração com o Centro de Referência em Radiocomunicações – CRR do Inatel, o grupo agora busca expandir o conceito para diferentes faixas de frequência e criar novas gerações de antenas capazes de atender múltiplas demandas tecnológicas.






