As pesquisas para novas aplicações e soluções para as redes 5G e futuras 6G desenvolvidas no Instituto Nacional de Telecomunicações – Inatel permeiam toda a cadeia de ensino do Instituto. Desde a graduação até o pós-doutorado, o Inatel se consolida como uma das principais referências em novas tecnologias para comunicações móveis no Brasil. Nesta quinta-feira (19), por meio do Centro de Competência EMBRAPII Inatel em Redes 5G e 6G – xGMobile, a Instituição promoveu seu 1º Workshop de Iniciação Científica voltado para redes 5G e 6G.
O evento contou com a apresentação de 12 pesquisas desenvolvidas por estudantes de graduação, que trouxeram à tona perspectivas inovadoras e resultados promissores. As iniciações científicas realizadas por graduandos foram o ponto central do workshop, que fazem parte de outros projetos mais avançados conduzidos por alunos de mestrado e doutorado. "A união de esforços para um resultado de excelência vem sendo aplicada em toda a produção científica do Instituto", destaca o coordenador do xGMobile, professor Luciano Leonel Mendes.
Segundo a organização do evento, o Workshop foi uma oportunidade de reunir as pesquisas de fronteira e apresenta-las para a comunidade. “Trouxemos alunos focados em pesquisas e desenvolvimento de tecnologias inovadoras para diversas áreas que buscam aprimorar as conexões e elevar o patamar do Brasil em áreas de pesquisa em 5G e 6G”, comemora a pesquisadora Vanessa Mendes Rennó.
Pesquisas com impacto direto na sociedade
Entre os projetos apresentados, o de Eduarda Luiza Brandão Silva, aluna do 6º período de Engenharia Biomédica, é um exemplo de como as futuras tecnologias apoiarão o cotidiano da sociedade. Sua pesquisa visa o desenvolvimento de uma antena vestível. "As antenas vestíveis têm um impacto muito grande para possibilitar o transporte de informações e permitir dispositivos conectados no mundo. Elas podem ser utilizadas em diversas áreas, como saúde, para monitoramento de batimentos cardíacos, e esportes, para prevenção de lesões e otimização de treinos", explica a estudante.
Essas tecnologias, segundo Eduarda, são apenas o começo de uma revolução que as redes 5G e 6G prometem proporcionar no futuro próximo, conectando dispositivos de forma ainda mais eficiente por meio da Internet das Coisas (IoT). "Acredito que as aplicações dessas antenas só vão se expandir e se aprimorar", conclui.
Preparação para o mercado de trabalho
A finalização dos estudos e a expectativa para o início da jornada no mercado de trabalho foi um ponto que Guilherme Augusto Magalhães Vizotto, estudante do 10º período de Engenharia de Controle e Automação ressaltou. Com sua pesquisa, o estudante já tem planos para seguir a carreira e criar seu próprio negócio. "É uma experiência incrível, porque entramos no mercado com uma bagagem imensa. Muitos profissionais ainda não tiveram contato com essa tecnologia [redes 5G], e nós já temos essa oportunidade no Inatel", afirma.
O futuro das redes 6G
"Esses alunos serão os agentes de implementação de tudo que estamos inovando hoje. Eles serão os responsáveis por operar e construir as redes do futuro, e o 6G será o centro de uma revolução em diversas áreas, como sensoriamento, posicionamento e comunicação", destaca o prof. Luciano. O incentivo à pesquisa e novas soluções é um ponto relevante, de acordo com ele.
Luciano também enfatizou a importância de dar espaço aos estudantes para que apresentem suas pesquisas e interajam com os desafios tecnológicos que moldarão o futuro. "As pesquisas que vimos hoje mostram como o 6G está cada vez mais integrado a diferentes aspectos da nossa vida. Desde antenas bordadas em roupas até formas de alimentar dispositivos onde não há energia, estamos criando novas aplicações que vão além da comunicação", conclui.
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