Inatel integra projeto nacional para desenvolvimento de microreatores nucleares

Inatel será responsável por soluções de controle, proteção e monitoramento da unidade crítica

O Instituto Nacional de Telecomunicações – Inatel integra um novo projeto nacional que visa o desenvolvimento e testes das tecnologias críticas aplicáveis aos Microrreatores Nucleares (MRN). A proposta reúne nove Instituições Científicas, Tecnológicas e de Inovação (ICTs), que atuam em rede sob supervisão da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), responsável por autorizar e licenciar todas as soluções nucleares desenvolvidas no Brasil.

Com a previsão de aumento do consumo de eletricidade nos próximos anos, o projeto busca criar uma alternativa de geração de energia limpa, distribuída e segura. A proposta prevê o desenvolvimento e testes das tecnologias críticas de um microreator capaz de fornecer energia, com segurança e sustentabilidade, operando de forma independente do sistema e integrado com outras fontes de energia renováveis.

A iniciativa é financiada pela Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) e nasceu a partir da articulação entre as empresas Diamante Geração de Energia, Indústrias Nucleares do Brasil (INB) e Terminus Pesquisa e Desenvolvimento em Energia.

O Inatel será responsável por três frentes principais: o desenvolvimento e teste dos sistemas de controle e proteção da unidade crítica, o monitoramento em tempo real do reator e a integração com outras fontes de energia renovável. A atuação do Instituto se dá em parceria direta com o CNEN e em articulação com as demais ICTs envolvidas, uma vez que os sistemas precisam responder automaticamente garantindo a segurança da operação.

“Essa iniciativa demonstra a expertise do Inatel na excelência em desenvolvimentos de projetos, acreditamos que a assinatura deste projeto é um passo decisivo para o futuro da geração de energia no Brasil”, explica o Gerente de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação em Hardware e Software Embarcado do Inatel, Francisco Martins Portelinha Júnior.

Os trabalhos serão desenvolvidos nos laboratórios do Inatel, com testes finais e simulações realizados no Instituto de Engenharia Nuclear (IEN), no Rio de Janeiro. A expectativa é que o desenvolvimento e testes das tecnologias críticas aplicáveis aos Microrreatores Nucleares (MRN) também possa gerar soluções confiáveis de geração de energia limpa para áreas como a indústria e a saúde, diante da crescente demanda por energia de alta confiabilidade e controle preciso.