Intercâmbio cultural e técnico em competição de Automação ajuda no desenvolvimento profissional dos estudantes de engenharia
Palavras-chave: Automação. Competição. Engenharia. Intercâmbio. Aprendizagem. Tecnologia. Experiência. Viagem. Faculdade. Carreira. Engenharia de Controle Automação.
Estudantes dos cursos de Engenharia Elétrica e Engenharia de Controle e Automação do Inatel participaram entre os dias 13 e 16 de março, do ISA - SAIT Student Games, organizado pelo Instituto de Tecnologia do Sul de Alberta (SAIT), em Calgary, Alberta, Canadá. Os representantes do Instituto foram os únicos participantes da América do Sul e fazem parte da Seção Estudantil ligada à organização internacional de automação e controle (ISA).
O que é ISA?
A ISA – International Society of Automation – É uma organização internacional sem fins lucrativos que desenvolve normas técnicas para indústrias de todo o mundo, certifica profissionais de automação industrial, oferece educação e treinamento, publica livros e artigos técnicos, promove conferências e exposições e fornece programas de networking e desenvolvimento de carreira para seus membros em todo o mundo.
ISA - SAIT Student Games
Os Jogos Estudantis do Instituto em Alberta alcançam sua 11ª edição e esta é a primeira participação presencial do Inatel, no Canadá. A Competição é planejada e organizada pelo conselho de administração estudantil canadense. E todos os jogos recebem estudantes visitantes de todo o mundo, que são colocados em equipes diferentes, assim são formadas equipes de três alunos visitantes e um estudante local para enfrentarem os desafios técnicos.
Sessão ISA no Inatel
No Inatel, a seção estudantil ISA é tradicional e existe desde 2017, possui 36 alunos participantes e um professor conselheiro, como sugere a Associação. E também promove as atividades indicadas pela ISA mundial, como organizar eventos sendo semanas temáticas, visitas técnicas, minicursos e a entrega anual de um relatório de todas as realizações locais.
Inatel representando a América do Sul
A equipe Inatelina era a única Sul Americana na competição Canadense, nesta edição nenhuma outra Seção ISA brasileira participou do evento mundial. Todos os alunos presentes eram dos cursos de Engenharia de Controle e Automação, Engenharia Elétrica ou similares, pois as nomenclaturas dos cursos mudam conforme o país.
O conselheiro da equipe e também da Seção Estudantil do Inatel é o Prof. Egídio Raimundo Neto, que acompanhou os alunos em toda a viagem. Ele confirma que experiências como essas reforçam a qualidade de ensino do Instituto, pois mesmo em outro idioma e com equipes multidisciplinares, os representantes da Instituição estavam em pé de igualdade com todas as nações.
Os desafios técnicos trabalharam conceitos aprendidos pelos alunos de Engenharia de Controle e Automação e Engenharia Elétrica durante as disciplinas do curso. As equipes que os brasileiros integraram conquistaram o 4°, 5°, 6° e 10° lugares nesses desafios, a premiação não aconteceu por país, mas sim para as equipes multinacionais formadas.
Para a aluna de Engenharia de Controle e Automação, Ana Luísa Pavanelli, era visível que o método de aprendizagem entre países era muito diferente. “De forma geral, a profundidade dos nossos conhecimentos teóricos é diferente, pois nossa engenharia é mais ampla e genérica, enquanto dos colegas era bem técnica, instrumental e focada em algumas áreas” lembra a estudante.
Um dos obstáculos do campeonato é a exigência da língua Inglesa para todos os participantes, além de uma logística complicada, como relata a aluna Elaine Cristina Silva, de Engenharia de Controle e Automação. “Senti um pouco de dificuldade na comunicação com outros participantes de diferentes nacionalidades, apesar de estudar inglês, os termos técnicos não tão comuns complicaram. Foi um desafio entender a língua, a cultura, o método de aprendizagem, mas também uma oportunidade” relata a estudante.
O Inatel ofereceu total apoio para que a Seção Estudantil participasse do campeonato e a organização do evento custeou parte da viagem para todas as equipes. Para os futuros engenheiros, Elaine, Anthony e Miguel essa foi primeira experiência de viagem ao exterior, sem custo algum para os viajantes.
De acordo com Anthony Victor de Medeiros, toda a experiência foi válida e marcante. “Tivemos muita troca cultural com diferentes realidades. Fora o contexto da competição e de premiação, essa troca foi uma experiência única e enriquecedora. Abre a mente e vemos outras vertentes” orgulha-se o participante.
Já para Miguel José Abdala essa primeira experiência pessoal fora do país também foi um ganho único para a vida profissional. “A validação do conhecimento você tem, afinal competir em um desafio técnico no exterior em outro idioma mostra o que você realmente aprendeu e que os anos de faculdade foram promissores, porque praticar em nossos laboratórios pode parecer fácil, mas externar quando estamos em uma situação real é a prova dos conhecimentos adquiridos, mas também pessoalmente, pois nos sentimos validados” enfatiza.
Além dos seis desafios técnicos os viajantes participaram de Tours como no Centro Energético, momentos de refeições especiais para interação e de uma demonstração da Coluna de Destilação.
Desafios:
Desafio DCS – Sistemas de Controles distribuídos
Desafio MacGyver – Resolver problemas técnicos
Desafio de Manutenção
Desafio de Controladores PID (Proporcional-Integral-Derivativo)
Desafios de Analisadores
Desafio de Sistemas de Conectividade