A parceria entre o Inatel, a instituição francesa IMREDD e a empresa SIKUR vai possibilitar o acesso de empresas brasileiras a uma rede de colaboração global voltada a disseminar conhecimentos e potencializar a aplicação de metodologias de segurança em dispositivos IoT. Durante o evento online realizado nesta quinta-feira, dia 8, para anunciar a parceria, o CEO da SIKUR, Fábio Fisher, destacou que o IoT é uma tecnologia que dá muita liberdade e conectividade em automação, mas que sem a segurança pode gerar problemas e prejuízos às instituições. “" IoT sem segurança é o mesmo que liberdade sem responsabilidade, são conceitos indissociáveis e faces da mesma moeda”, frisou.
A proposta da nova parceria é integrar o Brasil, que é um país extremamente conectado, a um movimento que pretende se transformar em uma ação multinacional para endereçar o processo de Cybersecurity. “Queremos gerar pesquisa fundamental e pesquisa aplicada feita em academias, criar inovação e preparar o Go to Marketing. Esse é o ecossistema que pretendemos criar com esse ambiente compartilhado. E isso não se faz sozinho, temos que fazer em conjunto”, revelou Paulo Moura, chefe de Inovação e Parcerias Estratégicas do IMREDD.
O diretor do Departamento de Ciência, Tecnologia e Inovação Digital do MCTI, José Gustavo Sampaio Gontijo, disse não ter dúvidas de que a instituição francesa escolheu o melhor parceiro para iniciar esse movimento. “O Inatel tem sido uma instituição bastante relevante para o país na execução de vários projetos estratégicos nas áreas de 4G, 5G, 6G. Conseguiu ser um nó onde todas as empresas do setor de Telecomunicações têm algum tipo de parceria. Não é à toa que o Governo Federal tem no Inatel um grande parceiro”.
Para o secretário de Empreendedorismo e Inovação do MCTI, Paulo Alvim, iniciativas como essas são fundamentais para a inserção propositiva do país no mercado de transformação digital. “Essa é uma área que cresce, precisa crescer e formar mais profissionais, ampliar o espectro de pesquisa e, com isso, a gente ter fronteiras do conhecimento numa área tão essencial no momento que estamos passando”.
Marcos Mandacaru, assessor especial do vice-governador de Minas Gerais, Paulo Brant, reiterou que a Cibersegurança é uma questão estratégica para as nações e para as empresas e o Inatel sai na vanguarda, mais uma vez, com essa parceria. “O governo do Estado e o Inatel têm uma parceria em várias áreas, da Saúde a Mineração, é uma instituição que realmente nos orgulha”.
No evento, também estiveram presentes representantes empresas de telecomunicações que tem a segurança cibernética como um dos seus pilares. Para Marcelo Motta, diretor de Cybersecurity & Solutions da Huawei, a Segurança Cibernética é um assunto técnico, verificável, deve-se seguir os padrões internacionais, porque as soluções têm que ser interoperáveis. “Temos cooperado com todo o ecossistema, desde esses padrões internacionais, participamos desses fóruns internacionais compartilhando esses avanços em P&D com a comunidade. Todas essas experiências que ganhamos por meio desse investimento contínuo e aprimoramento do nosso processo de governança, temos o desejo de compartilhar isso com o Inatel e com o Brasil para que consigamos assegurar localmente que esse ecossistema, que essas redes, que esse processo de transformação digital aconteça aqui também e de forma segura”.
Paulo Venancio, diretor de Pré-Vendas de Soluções Digitais da Embratel, explica que a empresa tem a Segurança como um dos temas principais dentro do contexto do fornecimento de serviços. “Agradeço e parabenizo a inciativa que vai trazer um benefício muito grande em termos de aculturamento com relação ao tema. Temos observado um crescimento muito grande e uma evolução muito rápida dos ciberataques, do cibercrime e é preciso ter uma resposta na mesma agilidade para isso, o que só conseguimos com esse trabalho, começando desde o mundo acadêmico, desde a formação do conhecimento”.