A Lorentz's Cage, equipe do projeto CubeSat Design Team do Instituto Nacional de Telecomunicações – Inatel, está na final nacional da 2ª Olimpíada Brasileira de Satélites (OBSAT). O time ocupa a primeira posição no Ranking Parcial da Fase 4, última antes da definição dos vencedores. A etapa final será realizada no próximo dia 25, em Natal (RN), e o lançamento dos satélites das equipes campeãs ocorrerá entre os dias 26 e 28 de agosto.
Os estudantes Diego Coutinho, Lara Conte e Matheus Renó, do curso de Engenharia da Computação, sob orientação do professor Evando Vilas Boas, desenvolveram um CubeSat, nanossatélite em formato cúbico, com foco na geração de energia por meio de cabos eletrodinâmicos estendidos pelo satélite.
O conceito, já aplicado em satélites de grande porte, foi adaptado com sucesso para o modelo em pequena escala. Segundo Diego: “A gente fez os testes num balão meteorológico, tivemos bons resultados e conseguimos ver que tinha uma relação entre a velocidade, a altitude dele e a energia sendo conduzida no cabo.”
A proposta consiste em utilizar um cabo estendido para conduzir eletricidade em alto potencial, a partir de um efeito de indução. Como destaca Diego: “Conseguimos reduzir esse potencial, colocar na bateria e armazenar a energia. Também podemos reduzir, utilizar direto no computador de bordo, em alguma coisa que trabalha usando energia, ou, por exemplo, pegar a energia de alto potencial, manter ela e colocar em um propulsor, aí é possível gerar propulsão em órbita sem consumir da energia da bateria.”
Durante o desenvolvimento, a equipe refez todo o hardware do projeto, elaborando uma placa profissional com todos os componentes necessários. O CubeSat está concluído e pronto para a apresentação final.
Histórico de conquistas

Em 2023, a equipe Priceless Bain foi campeã da 1ª edição da OBSAT.
O Inatel já tem trajetória de destaque na competição. Em 2023, a equipe Priceless Brain conquistou o título da 1ª OBSAT, garantindo ao Instituto o lançamento de um satélite ao espaço. Caso se confirme como campeã novamente, a instituição se manterá como o único vencedor entre instituições de graduação.
Matheus, que integrou a equipe campeã da primeira edição, reforça o desafio: “Na primeira edição eu entrei na quarta fase, já para o lançamento, aí fiz mais a finalização dele para poder fazer o lançamento. Esse foi mais um desafio mesmo, de pegar do zero e seguir. Será muito bom voltar para lá.”
Formação integral
A participação em projetos de pesquisa e inovação como o CubeSat proporciona aos alunos experiências que vão além da sala de aula, contribuindo para a formação acadêmica e profissional. Para Lara, essa vivência representa a aplicação prática dos conteúdos estudados:
“Eu vi muita ligação com o que a gente estuda aqui na Inatel, conseguir aplicar também na vida real, na vontade. Conseguir tirar a teoria e colocar em prática.”
Com mais de 40 laboratórios e estrutura voltada à inovação, o Inatel promove uma formação 360°, preparando seus estudantes para atuar em projetos de ponta, construir carreiras sólidas no mercado de trabalho e contribuir de forma significativa para pesquisas na área.