Inatel destaca conectividade e cibersegurança no Futurecom

O Instituto Nacional de Telecomunicações - Inatel é referência na formação de profissionais de TIC, além do desenvolvimento de pesquisas e novas tecnologias no ramo de telecomunicações há quase seis décadas. Entre os dias 8 e 10 de outubro, o Instituto levou sua expertise para o Futurecom 2024, o maior evento de tecnologia e inovação da América Latina. Mais de 33 mil visitantes passaram pelo evento, podendo conhecer as inovações presentes no São Paulo Expo.

Os profissionais e especialistas do Inatel participaram de debates sobre cibersegurança. Eles também discutiram cidades inteligentes e conectividade 5G e 6G. Além disso, falaram sobre educação em tecnologia.

Com mais de 12 palestras realizadas ao longo de três dias, o encontro destacou as oportunidades e desafios para o Brasil na era digital. No estande H59, os visitantes puderam conhecer as soluções desenvolvidas com uso de Internet das Coisas (IoT), Inteligência Artificial, além de sensoriamento e visão computacional.

Soluções tecnológicas em destaque

Entre as soluções que atraíram a atenção dos visitantes, destacou-se o GECO (Gesture Controller) AI Home Automation, uma tecnologia que integra visão computacional, inteligência artificial, automação e redes privativas 5G para controlar dispositivos IoT por gestos, com resposta em tempo real. O sistema proporciona uma experiência intuitiva para a automação de ambientes domésticos e industriais.

O Inatel também apresentou seus NICs (Network Interface Cards), que, além de prover conectividade, oferecem flexibilidade para dispositivos IoT ao permitir a troca de tecnologias de comunicação sem a necessidade de alteração do projeto de hardware. Complementando essas inovações, o Gateway Inatel se destacou como uma solução de processamento e conectividade de baixo custo, altamente customizável para diferentes aplicações.

Outra solução inovadora foi o totem digital IoT de sinais vitais, desenvolvido para facilitar a implementação de serviços de telemedicina. Esse dispositivo combina software avançado e técnicas de ciência de dados e machine learning, oferecendo uma solução robusta para o monitoramento remoto de pacientes.

Inovações em cibersegurança e conectividade

Um dos temas mais discutidos no Futurecom foi a cibersegurança, com a participação de especialistas que apresentaram as últimas tendências e soluções para proteger os dados em um mundo cada vez mais conectado.

Guilherme Aquino, coordenador do Centro de Segurança Cibernética do Inatel (CxSC), destacou a relevância das contribuições do Inatel em quatro painéis dedicados ao tema. Segundo ele, a participação ativa em discussões sobre os impactos do ransomware, o uso de inteligência artificial generativa para segurança e os desafios de proteger as cidades inteligentes demonstra o reconhecimento do mercado quanto à competência do CxSC.

"A importância de uma abordagem ampla para proteger a infraestrutura das cidades inteligentes, desde a segurança das redes até a proteção dos dados pessoais dos cidadãos, em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados é fundamental", explicou Aquino.

Educação para sustentabilidade na indústria 4.0

O Diretor do Inatel, Carlos Nazareth Motta Marins, também participou de uma mesa-redonda sobre a transformação digital e o futuro da indústria 4.0. Ele destacou que, apesar de muitas indústrias já serem automatizadas, a verdadeira digitalização depende da capacidade de processar dados e utilizar tecnologias como IoT e redes privativas 5G para monitorar e otimizar processos produtivos.

"Com a utilização de inteligência artificial e ciência de dados, é possível identificar falhas e realizar manutenções preditivas, o que aumenta a eficiência e reduz o impacto ambiental", explicou Nazareth.

Na visão do diretor, para que essa transformação aconteça, é fundamental investir na formação de profissionais capacitados para lidar com as tecnologias emergentes. "A falta de profissionais na área de tecnologia é um desafio. Enquanto países asiáticos têm 32% dos jovens optando por carreiras em ciência, tecnologia, engenharia e matemática, no Brasil, esse número é de apenas 6%. Precisamos aumentar essa proporção para garantir a competitividade da indústria brasileira no cenário global", destacou.

No aspecto educacional, o vice-diretor e pró-diretor do Inatel, prof. Guilherme Marcondes, também contribuiu com um painel sobre os principais desafios da educação na era digital. Durante sua fala, ele destacou a importância da formação de profissionais cada vez mais envolvidos com tecnologia. “Formar profissionais com capacidade de análise crítica é cada vez mais essencial. A tecnologia avança rapidamente, e precisamos ser ainda mais ágeis em nos preparar e aprender. É fundamental estarmos atentos às mudanças de comportamento, para garantir que essas transformações não se tornem um problema no futuro”, explicou.

Cidades inteligentes e o futuro da conectividade

Outro destaque do evento foi a discussão sobre o papel das cidades inteligentes na transformação digital. Especialistas abordaram como a conectividade 5G e 6G pode revolucionar a infraestrutura urbana, tornando-a mais eficiente e segura.

Guilherme Aquino enfatizou os desafios que surgem quando sistemas interconectados em cidades inteligentes são alvo de ataques cibernéticos, exigindo soluções que vão além da tecnologia de rede e incluem a proteção dos dados sensíveis dos cidadãos.

As palestras também exploraram como as redes 5G e 6G podem apoiar iniciativas de telemedicina, inteligência artificial e automação urbana. Segundo Nazareth, o desenvolvimento dessas tecnologias é essencial para que as cidades brasileiras possam evoluir para um modelo mais integrado e sustentável, promovendo uma melhor qualidade de vida para os cidadãos.

xGMobile e as próximas gerações de redes móveis

O Centro de Competência EMBRAPII Inatel em Redes 5G e 6G – xGMobile também marcou presença no Futurecom 2024. Em um debate dedicado ao futuro das redes móveis, o coordenador do xGMobile, prof. Luciano Leonel Mendes, ressaltou a importância de aproximar startups e grandes empresas para integrar novas soluções de segurança e conectividade.

"Vimos diversas startups criando soluções de hardware e software que podem ser integradas às redes 5G e 6G, tornando-as mais seguras e eficientes", destacou Luciano. Ele também mencionou o potencial do Open Gateway para promover serviços inovadores ao permitir que empresas explorem informações do núcleo da rede. De acordo com Luciano, durante o Futurecom também foi possível compreender um pouco mais das necessidades das empresas que podem integrar a rede da Associação Tecnológica e focar os esforços nessas demandas.

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