Inatel na principal competição científica nacional de exploração da órbita terrestre

A 1ª Olimpíada Brasileira de Satélites chega à última etapa. A equipe do Sul de Minas representa uma das melhores missões satelitais do país, na disputa nacional que acontece em Natal/RN.

A equipe “Priceless Brain”, que integra o CubeSat Design Team do Instituto Nacional de Telecomunicações – Inatel, está com viagem marcada para a etapa nacional da 1ª Olimpíada Brasileira de Satélites - OBSAT, que acontecerá nos próximos dias seis a oito de dezembro de 2023, em Natal, no Rio Grande do Norte. Ao todo, na categoria “graduação”, quatro equipes foram classificadas para essa 4ª e última disputa, sendo o Inatel a única instituição Mineira do país na competição. A ação contará ainda com outras 10 equipes que representarão os níveis de “ensino fundamental II” e “ensino médio/técnico” do Brasil. Clique aqui e confira os classificados.

Promovida pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), a OBSAT propõe a construção de pequenos satélites, nominados CubeSats, que podem ser lançados na órbita da terra. Os avanços da ciência e da tecnologia viabilizam esses projetos de satélites de pequeno porte, uma construção multidisciplinar que visa promover experiências teóricas e práticas aos competidores. Cada projeto inscrito na Olimpíada possui uma missão de monitoramento que, além de propor a solução de problemas reais, ainda precisam atender diversos protocolos, a fim de difundir a cultura aeroespacial. Os CubeSats executam missões reais e, geralmente, são utilizados para pesquisas espaciais e em Telecomunicações.

Ao longo de dois anos de Olimpíada, a equipe do Inatel foi se transformando. Atualmente o time é formado por Matheus Reno Torres e Arielli Ajudarte da Conceição, do curso de Engenharia de Telecomunicações, sob orientação do professor Evandro César Villas Boas. A aluna é a única que participou do desenvolvimento do satélite desde o início da OBSAT e explica que visando o lançador desta última fase, o protótipo passou por mudanças de estrutura e de programação. O CubeSats foi produzido em alumínio aeronáutico, com novos encaixes, um novo circuito e transmissor, com placas do módulo sensorial mais moderno, além da inserção de um GPS e uma antena de material retrátil.

A missão da “Priceless Brain” propõe conectividade via IoT em áreas remotas. Ou seja, um estudo que busca compreender as conexões baseadas em nanossatélites para grandes distâncias territoriais. “Com um módulo IoT em uma fazenda, seja ela sem conexão wi-fi ou sinal de celular, é possível captar os dados de umidade e temperatura do solo, por exemplo, ao conectar esses módulos inteligentes a um módulo que possui internet”, explica Arielli Ajudarte. A pesquisadora enfatiza que a ideia é utilizar o CubeSat para retransmitir os dados de um medidor posicionado em um lugar remoto para um lugar com conexão.

As ondas eletromagnéticas de um satélite possibilitam, por exemplo, a comunicação via sinal de internet, de TV, além de diversas informações e monitoramentos de dados que podem ser distribuídos para todo o mundo. “As tecnologias óticas e aeroespaciais, combinadas às tecnologias digitais, fazem com que a rede via satélite se torne cada vez mais atraente às verticais de inovação e próximas das demais redes de comunicação no país. Nos próximos anos, possivelmente com a introdução do 6G, presenciaremos uma rede única, que contará com dispositivos terrestres, dispositivos móveis e via satélite, que integrarão a comunicação de todo e qualquer usuário. Neste contexto, a Olimpíada é um projeto muito importante para as Telecomunicações”, comenta Carlos Nazareth Motta Martins, diretor do Inatel.

Na primeira etapa, em 2021, os estudantes do CubeSat Design Team apresentaram o planejamento da prova de conceito. Em sequência, entre os anos de 2021 e 2023, construíram o protótipo e lançaram o satélite na estratosfera. A equipe foi a melhor colocada, dentre os competidores de todos os níveis escolares e regiões do país, e chegará na disputa com mais de 10 pontos de vantagem. Na etapa nacional da Olimpíada, além das apresentações e testes de estrutura do protótipo, a equipe busca a liderança na competição para lançar o satélite final, ainda mais robusto, em um foguete que seguirá o primeiro voo espacial orbital da competição. “Esse projeto foi, sem dúvidas, a atuações mais importantes da minha graduação. O time está bem mais preparado e estratégico”, conclui Arielli Ajudarte.

A HISTÓRIA DOS SATÉLITES

Os satélites surgiram para conectar todo o mundo. Nos anos de 1960 foi realizada, por exemplo, a primeira transmissão de dados enviados da terra por satélite. Essa tecnologia é uma das grandes responsáveis pela comunicação de rádio e TV para todo planeta, bem como pela globalização. Uma curiosidade é que os satélites não são apenas equipamentos gigantes e pesados, há um tipo de satélite miniatura – o Cubesat. Desde os anos de 1999 que “ficar de olho” no nosso planeta, lá de cima, ficou mais fácil, com os nanossatélite! A intenção desses pequenos prodígios espaciais é ajudar as universidades a exercerem as atividades práticas de exploração científica do espaço. Com esses satélites artificiais, áreas como a da Engenharia Espacial podem exercer a nobre missão de estudar o Universo, entender melhor o sistema solar, nosso planeta e a órbita terrestre, bem como disponibilizar dados de pesquisa à comunidade científica. Clique aqui e saiba mais a respeito da “História dos Satélites”, na TV Inatel.

CLIQUE ABAIXO E CONFIRA O HISTÓRICO DE COMPETIÇÕES DA PRICELESS BRAIN NA OBSAT:

AS COMUNICAÇÕES VIA SATÉLITE

Ficou ainda mais interessado no assunto? Aprenda as curiosidades e funcionalidades dos satélites, além de como é feita a transmissão e a comunicação por meio deles. Acesse aqui o curso “Introdução às Comunicações Via Satélite”, no Inatel On-line.

O INATEL

O Instituto Nacional de Telecomunicações - Inatel é uma instituição de ensino de Engenharias, pesquisa e desenvolvimento de tecnologias, criado em 1965, em Santa Rita do Sapucaí, sul de Minas Gerais, conhecida como o Vale da Eletrônica. Foi a primeira instituição de ensino superior de Engenharia de Telecomunicações do Brasil e, atualmente, oferece sete cursos de graduação (Engenharia Biomédica, Engenharia de Computação, Engenharia de Controle e Automação, Engenharia Elétrica, Engenharia de Produção, Engenharia de Software e Engenharia de Telecomunicações), de pós-graduação lato sensu, cursos a distância, e Mestrado e Doutorado em Telecomunicações.

Com uma infraestrutura composta por mais de 40 ambientes de laboratórios tecnológicos de última geração, uma incubadora de empresas e um centro de competências para PD&I (Projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação), distribuídos em uma área de 75 mil m², o Inatel transfere tecnologia ao mercado. Possui parcerias com empresas de tecnologia nacionais e multinacionais, que geram a oportunidade para os estudantes e recém-formados de terem contato com grandes projetos tecnológicos, por meio de bolsas e estágios.

Sempre pioneiro, o Inatel lidera importantes pesquisas do Brasil, como foi com a TV Digital e, nos últimos anos, na área de comunicações móveis, sendo um Centro de Competências Embrapii em Redes 5G e 6G, que promove a inovação no país.

O ecossistema de inovação do Inatel conecta os alunos em elos de desenvolvimento profissional e crescimento humano. Com cases praticados em salas de aulas, laboratórios, pesquisas científicas, programas sociais, esportivos, culturais, e parcerias com empresas, existe uma busca constante pela formação conectada com o mercado e com a nova geração, sem deixar de lado a essência do ensino de base quando se fala em engenharia e tecnologia. Mais informações no site: www.inatel.br.