O novo protocolo de transmissão de dados é uma tecnologia de ponta voltada à automação da rede de comunicação, na indústria 4.0. A certificação propõe o salto de conectividade, produtividade e desempenho nas fábricas.
A 4.ª revolução da indústria (Indústria 4.0) é um conceito que propõe a transformação da produção nas fábricas, por meio da integração das tecnologias digitais e suas aplicações aos produtos e à gestão nas empresas. Atualmente, o mundo já vive essa digitalização da indústria. Neste cenário, um dos desafios é a aplicabilidade das mais variadas tecnologias de uma forma ampla e funcional, além de como será suprido o tráfego de dados em rede, cada vez maior, nas demandas industriais.
A introdução de tecnologias no desenvolvimento das chamadas “Fábricas Inteligentes” já conta com algumas plataformas que servem como um vetor para interconectar as inovações. Esse é o caso, por exemplo, da “Camada Física Avançada” (APL), um meio físico catalisador que permite essa realidade mais ágil de envio e recebimento de dados - seja por suas características de comunicação roteável, que permitem as informações irem dos instrumentos de campo à nuvem, ou pelo manuseio abundante de elementos, via cabo. Os especialistas defendem ainda que, por meio desta camada, é possível o acesso contínuo da rede com um desempenho de alto padrão, de uma forma intrínseca, além de segura e aberta a qualquer tipo de protocolo aplicável a dispositivos cabeados e voltados à transmissão de dados na indústria.
O estudo da tecnologia APL inicou no ano de 2019 e suporta, por exemplo, o protocolo PROFINET. Esse novo meio físico foi normalizado e aprovado em definitivo no ano de 2023 com a proposta de ser um padrão de controle que possibilita a conexão, comunicação e a transferência de dados entre dois sistemas computacionais, por meio de uma rede com características flexíveis. Ou seja, o Ethernet APL isola, por exemplo, a comunicação e elimina desvios de sinal no cabo, além de proteger a comunicação da interferência de equipamentos aplicados em áreas classificadas (áreas com risco de explosão). Esse meio físico atende aos requisitos das fábricas de processamento por oferecer ainda condições que otimizam os processos e controles industriais.
O aperfeiçoamento da transmissão de dados físicos em rede, fornecido pelo protocolo Ethernet APL, pode ser aplicado em longas distâncias e atende a proteção de áreas perigosas e atmosferas explosivas como, por exemplo, plataformas de petróleo, usina farmacêutica ou química e petroquímica. A agilidade, também associada a essa tecnologia, viabiliza mais rapidez na produção, o diagnóstico dos programas industriais, e, principalmente, uma configuração de instrumentos à distância. Essa rapidez de internet também contribui para a futura implementação do 5G e 6G, na área empresarial no país. Para além, toda a tecnologia trabalhada nessa norma visa uma maior segurança ao IP, bem como utiliza carga total de rede e possui, como requisito verificado, a confiabilidade e o desempenho da transmissão de dados.
Com o Ethernet APL é possível acessar, por meio de um IP e até mesmo com o suporte de um aparelho celular, toda a estrutura da rede industrial de uma forma mais segura e com a garantia de proteção do sistema de computador - contra roubo ou danos, por exemplo. Toda a estrutura de inteligência artificial e dos bancos de dados também podem ser acessados por meio dessa rede de internet cabeada, de um modo à distância, o que até então não era viável na indústria. Essa arquitetura opera ainda como um medidor de grandezas (temperatura, pressão, vazão, entre outras), o que viabiliza a verificação de algumas medidas como, por exemplo, do óleo no fundo do mar. Esse dispositivo pode ser também um replicador de sinal, que transmite uma informação com mais rapidez de um ponto a outro.
O professor PhD. Alexandre Baratella Lugli, coordenador do Centro de Treinamento PROFIBUS / PROFINET Certificado do Instituto Nacional de Telecomunicações - PITC Inatel, ressalta que as técnicas e os conhecimentos adquiridos no treinamento do Protocolo Ethernet, além da implementação da Inteligência Artificial na indústria, favorecem para uma maior rapidez de produção e a solução imediatas de muitos desafios industriais. “Em uma fábrica de medicamentos, por exemplo, um alarme de temperatura acionado significa desde a necessidade de fechar uma válvula, esfriar uma máquina, até mesmo a utilização do extintor e aplicação de diversos procedimentos. Essa ação de verificação pode demorar cerca de 10 a 15 minutos para ser informada ao nível de tomada de decisão humana, na Indústria. Neste tempo, a fábrica já perdeu produtos, equipamentos e, o que é mais grave, expôs vidas a riscos de acidente de trabalho. Com a ecologia do Ethernet APL tudo é imediato! Em frações de milissegundos é possível configurar um sistema, de forma totalmente automatizada e automática, a fim de liberar algum protocolo de segurança e avisar os riscos de uma determinada abordagem na Fábrica. Além disso, o treinamento garante uma atuação de ponta à pessoa certificada”, conclui o coordenador.
Os treinamentos Ethernet APL no inatel estão previstos para começarem no segundo semestre de 2024. Sob o escopo do ICC Treinamentos, o projeto visa elevar a automação e propõe um novo nível de eficiência, economia e profissionalismo no processo industrial. A certificação preconiza ainda a sustentabilidade econômica, parcerias com profissionais de todo o Brasil, bem como um viés acadêmico, por meio do gerenciamento de todos os materiais, kits, provas e questões técnicas do projeto no Brasil. Clique aqui e confira mais informações a respeito dos treinamentos do PITC Inatel.
