A primeira Olimpíada de Engenharia Biomédica, promovida pelo projeto Nativos do Futuro, financiada pela Finep com o apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), chegou ao fim na última sexta-feira (18). O evento reuniu estudantes do Ensino Médio de todo o Brasil no Instituto Nacional de Telecomunicações - Inatel e contou com a participação de nove equipes.
Com o tema “Tecnologia Assistiva”, os alunos enfrentaram o desafio de desenvolver soluções tecnológicas para melhorar a qualidade de vida de pessoas com deficiências específicas, divididos em três categorias: auditiva, visual e motora.
Na categoria auditiva, as equipes precisaram criar um aplicativo capaz de diferenciar sons e emitir alertas para auxiliar deficientes auditivos em situações cotidianas, a fim de aumentar a segurança e a autonomia dos usuários.
Na categoria visual, os alunos projetaram um dispositivo inteligente que guia seus usuários sem que eles esbarrem em obstáculos, permitindo uma locomoção mais segura e confiante para pessoas com deficiência visual.
Por fim, na categoria motora, os participantes desenvolveram um sistema de controle para um braço robótico, projetado para simplificar tarefas do dia a dia, como comer, escovar os dentes e pegar objetos. A inovação oferece mais independência e praticidade para pessoas com limitações motoras.
Fases da Olimpíada de Engenharia Biomédica
Fase Online - @Trilha
Nesta fase, os participantes tiveram a oportunidade de passar por uma série de treinamentos e receber uma contextualização sobre as tarefas a serem realizadas. Os alunos participaram de um workshop de Design Thinking, seguido de um curso de introdução à eletrônica e ao Arduino oferecidos pelo Inatel. Também foram disponibilizados vídeos educativos para cada categoria.
Fase Regional
Realizada em Belém/PA, Santa Rita do Sapucaí/MG, Recife/PE, Curitiba/PR e Brasília/DF, esta fase consistiu em hackathons presenciais, onde as equipes puderam desenvolver seus projetos. Os melhores trabalhos foram classificados para a fase final.
As equipes Visual, Sinergia Motora e EngBionicos se destacaram na região Norte, enquanto Knights of the king, Biotutu e Bioneers conquistaram suas vagas na região Sudeste. O Sul contou com as equipes EngenhaBob, BioTech e Duque Visão, e o Centro-Oeste com a equipe Morcegos.
Final Nacional
Após superarem as etapas regionais, os estudantes apresentaram suas soluções na etapa decisiva da competição. As equipes vencedoras foram:
Categoria Auditiva
Equipe Biotutu - Colégio Alpha Lumen Instituto - São José dos Campos/SP
Alunos: Isabela Vitória Venerando, Luís Antônio Eira Velha Pontes do Amaral, Tomás Niciporciukas Rocha Campos e Eduardo Antônio Nassif de Castro.
Categoria Visual
Equipe Bioneers - Colégio Alpha Lumen Instituto - São José dos Campos/SP
Alunos: Gustavo Rodrigues Araujo, Mariana Silva Obristi, Thalia Rebouças Ossuma e Maria Clara de Freitas Fusco.
Categoria Motora
Equipe Knights of the King - Colégio Externato Nossa Senhora de Lourdes - Campanha/MG
Alunos: Sophia Lentz, Luiz Guilherme Costa dos Santos, Murilo Mendes Maciel e Casimiro Daniel Lemes Silva.
Um olhar para o futuro
Além do reconhecimento de talentos, a Olimpíada de Engenharia Biomédica é uma iniciativa que visa o incentivo ao desenvolvimento de habilidades importantes no campo da tecnologia assistiva. Com o objetivo de preparar jovens para os desafios do século XXI, o projeto Nativos do Futuro busca inspirar a próxima geração de engenheiros a explorar oportunidades e inovações.
“A competição contribui não somente com conhecimentos técnicos, mas também com o desenvolvimento da empatia", comenta Rita Elizabeth, uma das organizadoras da Olimpíada. "Desde cedo, os alunos começam a refletir sobre a importância da Tecnologia Assistiva na vida das pessoas. Em todas as categorias, vi inovações e projetos que realmente podem fazer a diferença. Nossa preocupação era que os projetos fossem acessíveis, não apenas tecnologicamente avançados, mas com impacto real para quem precisa”.
Rita também destacou a evolução dos participantes: "Espero que eles saiam dessa experiência conscientes de que podem realizar o que quiserem. São jovens extremamente capazes, e a evolução que tiveram desde o primeiro encontro até a final foi incrível. Acredito que plantamos uma sementinha sobre a relevância da Engenharia Biomédica e seu papel transformador na sociedade”, conclui.